Sonhos- 1º de Soul Seekers

Será difícil falar sobre esse livro. A capa e a sinopse , venhamos e convenhamos, são chamativas. 
Ao terminar de ler a sinopse pensei, " Esse livro deve ser  empolgante" . 
Mas. Que. De-cep-ção.
Não, Sonhos, não é inteiramente ruim ele  até que vale apena ler, mas apenas quando você estiver mais folgado...
Ok, deixe-me explicar melhor. Eu sempre sinto algo quando estou lendo, não apenas quando eu gosto do livro , mas quando não gosto também nem que seja raiva dos personagens. Nesse livro não sei como, de alguma forma, eu não senti nada ao lê-lo. 
Eu não ri (nem sequer sorri). Não me senti presa a história.  Não me emocionei. Não me senti ansiosa nos momentos de ação. Não senti absolutamente NADA. Nem mesmo quando a história acabou.
Para dar uma noção melhor, nem sequer consegui visualizar bem os personagens na minha cabeça, fazia um esforço tremendo para tal. 
Sem falar que muitas páginas foram utilizadas de maneira desnecessária, tipo o livro todinho (318 páginas) se resume á (não é spoliers, não se preocupe) Daire achar a fonte do mal e fortalecer seu relacionamento com avó. Estou falando inteiramente sério só para constar. 
Os personagens, bem vamos a eles.
Daire, começa o livro  insuportável, a garota mais mesquinha que já tive o desprazer de ler. Ao longo da história ela vai melhorando de forma muito sutil, até que quando se torna uma Buscadora de Almas ela fica até interessante (nada demais entretanto quando você compara...)
Dace. Oh, cara irritante. Eu não sei se é porque estou acostumada com os super bad-boys Herondales e etc, etc. Ou se é pelo simples e puro fato de Dace ser 100% superficial... perfeitinho e (URGH!!!) muito bonzinho. 
Tá, o Cade é um personagem muito mais interessante que o irmão (bad ,no sentido da palavra, com todo mundo e simpático,de uma forma não enjoativa com Daire), todavia, pelo rumo das coisas,não tem chance de um triangulo no segundo livro, que a proposito chama-se Echo (Eco, se a Leya não mudar). 
E uma coisa que odeio é esse amor "profundo" vindo do nada. Não tem lógica, é surreal e infantil (sei que a essa altura devo ter deixado algumas pessoa encolerizadas, entretanto vale salientar que essa resenha é sobre minha opinião, bom, aqui está ela).
Sem falar que o primeiro beijo de Daire e Dace foi muito sem graça, muito mal orquestrado, quase como se a Noël tivesse empurrado para que  acontecesse de qualquer maneira, mesmo.  
É, eu sei, é quase palpável que não gostei particularmente de nenhum personagem, o que definitivamente não ajuda você a se ligar com a história.    
"Tudo bem, mas, onde estão os pontos positivos da história, que você comentou lá em cima, Carol?"
Primeiramente, gostei bastante da mitologia criada pela autora, Xamãs\ Buscadores de Almas e tudo mais, nunca vi isso em nenhum outro livro. 
E... Sim, eu bem que quero saber o que aconteceu. Não que eu tenha ficado ansiosa pela continuação, apenas quero saber no que vai dar.
Se você estiver com um nível alto de tolerância para suportar uns 80% da parte super maçante, nas últimas 100 páginas até que dá para curtir Sonhos.


Daire Santos é uma adolescente de 16 anos, filha de uma maquiadora de Hollywood, que namora estrelas de cinema e viaja com a mãe por todo o mundo. Até que coisas estranhas começam a acontecer com ela: visões com corvos e pessoas brilhantes, o tempo que para de andar, sonhos com um belo menino de olhos azuis-gelo.

Os médicos acham que se trata de um caso psiquiátrico. Sua avó, curandeira respeitada na pequena cidade de Encantamento, Novo México, afirma que pode curá-la com suas ervas e poções. Sem alternativa, Daire vai para uma cidade perdida no meio do nada, longe da mãe, e com a avó que até então não conhecia.O que parecia ser o fim, no entanto, revela-se o início de uma grande aventura: guiada pela avó, Daire descobre ser uma Buscadora de Almas, descendente de uma linhagem poderosa que, através dos tempos, vem garantindo o equilíbrio entre o bem e o mal tanto no nosso mundo quanto em outros mundos e outras dimensões..

[Retirado da Saraiva]