Amo surpresas. Já não novidade para ninguém eu sei. Então... Eu entro inocentemente da Barnes&Noble e olho para um livro que me chama atenção. Cadet of Tildor dizia o título. Verifiquei a Amazon, vários
elogios, e compro, sem a mais vaga noção de estar comprando um dos meus
favoritos. Apenas quatro meses depois eu venho descobrir isso.
Terminei de ler ontem ( na quarta) de madrugada e ainda
estou em estado de choque. Mas, que
livro... Comecei a ler como quem não quer nada e alguns capítulos depois lá
estava eu rindo, ofegando e gritando (de raiva\frustração) e com meu coração
acelerado. A sério, dá para contar nos dedos de minha mão quantos livros eu já
li que meu coração se acelera e meus olhos se arregalam... É uma boa sensação,
sabe?... Não, na hora não, obviamente ― Ah, vocês sabem o que eu quero dizer.
Todo leitor leu ao menos um único livro que faça você se sentir desse jeito. Eu já tive sorte de ler
alguns livros desse que você sai do seu quarto\sala e é sugado para dentro da
história. Não faz nem tanto tempo que li um livro de verdade, mas... Vocês
sabem como é, nunca é o bastante. Um, dois, 10 mil... seria tão se todos os
livros que eu leio fosse assim maravilhosos, se bem que isso é querer demais,
eu sei. E outra coisa. Raios, eu amo incondicionalmente
livros medievais Tia Cassie,porque você não escreve uma série de
Shadowhunters na Idade Média, hein? e, novamente, como nem todos os livros
são mil maravilhas eu creio que escrever um bom livro medieval seja difícil.
Quer dizer os memoráveis que li até então foram
A Crônica do Matador do Rei (
O Nome do Vento,o Temor do Sábio e Os Portões de Pedra) , Ryria Chronicles (
Roubo de Espadas, Rise of Empire e O Herdeiro de Novron) e agora para acrescentar
a lista The Cadet of Tildor.
Vocês não tem a mínima noção de quão bom esse livro é ―, mas
eu estou aqui para isso, não é? Para anunciar a vocês como eu gostei desse
livro... É difícil. As vezes tenho a impressão que não passo a emoção na intensidade
correta― Que se dane. Deixem-me começar.
Os primeiros... O que? Sete? É sete, mesmo. Os primeiros
sete capítulos de The Cadet of Tildor são meio lentos. Não, esperem. Não exatamente lentos, são os set up, onde Alex no situa no seu mundo,
nos problemas de Renee e faz algumas coisas para começar a executar seu master plan com o objetivo de
enlouquecer o leitor, provocando ataques de raiva, sentimento de culpa e
diversos ataques cardíacos. Do mau, eu sei, mas parece que só tenho a sorte de
cruzar com bons escritores totalmente malignos que terrível ironia. E, como ia dizendo, do capítulo
oito em diante Alex bota em ação seu plano. Daí em diante, caros leitores, a
história não para mais. Todos os momentos seguintes são preenchidos por ação
ininterrupta, um inteligentíssimo jogo político, Renee lutando em busca de
reconhecimento ― meio que literalmente ― facções diversão ( tem que ter, não
acham?), dilemas morais e de quebra
um possível romance para o próximo volume.
Ah, poooor favoooor Alex! Faça esses
dois ficarem juntos! Eu amo demais ambos, eles tem química e você já construiu
todas as bases! Eu vou pessoalmente chamar o pessoal do Assassin’s Creed se― Ok, vocês já entenderam.
Eu me compadeci tanto pela causa de Renee. Tenho grande
simpatia pelos que sabem que não são bons o bastante e dão o máximo de si para
serem. E Renee era assim. Durante a história eu quis abraça-la e dizer que
estava indo bem que isso passava, que ela conseguiria, entretanto duvido muito da
necessidade de minha ajuda. Renee é uma garota forte. Ela só quebrou-se uma vez onde qualquer não hipócrita a de
convir que qualquer um quebraria. Você se sentir traído e humilhado por uma
pessoa considerada amigo... É dureza. ( Já que
do nada dei iniciei a falar sobre
os personagens vou continuar) O arco de Renee também foi muito bem desenvolvido
e trabalhado, nos a vemos crescer tão naturalmente diante de nossos olhos... É
enorme a diferença da garota do começo do livro para a do final.
E temos Savoy. Commander Korish Savoy... O cara é uma lenda.
E não só isso. Ele é meio ( só meio) fora da lei, é sarcástico e orgulhoso...
Nossa, Caroline, que descrição horrível. Não. Não é o que vocês estão pensando.
Savoy não é um bad-boy medieval,
nossa gente isso é clichê demais. Savoy é... Savoy. Leiam que vocês entenderam
o que quero dizer. O arco dele também é respeitável. Savoy chega na Academia se
achando um deus e durante o livro ele vai percebendo que nem tanto ele percebe ser apenas semideus ,não um deus
completo ;D.
[Deixem-me falar só mais um comentário sobre Savoy e Renee.
Eles farão vocês rir, ofegar e prender a respiração. Sério vocês vão gostar
deles, confiem em mim, sim? ]
Entretanto eles são apenas meus favoritos, todos os
personagens são muito bem construídos com bons arcos, o que é impressionante
para o primeiro de uma série. Diam, Seaborn ( e meu menos favorito) e Alec. Outra coisa que achei maravilhosa foi
a quantidade de personagens. De modo geral livros de Alta Fantasia tendem a ter
tantos milhares de personagens que você tem de anotar para se lembrar de todos.
Em The Cadet of Tildor nos é apresentada uma boa quantidade de personagens, nem
muito, nem pouco.
Eu não vou nem sequer tentar explicar muito a fundo as
complicações políticas pois posso acabar falando spoliers e falar spoliers
desse livro é um pecado capital. O que lhes posso dizer é:
Existe a Coroa, os
Vipers e A família. Guerreiros e Magos. A Coroa o nome já diz, é o rei que dita
as regras oficiais de Tildor. Os Vipers são controlados pela Madame e hospedam
jogos brutais e desumanos com pessoas como seus peões. E a Família é a
distribuidora de uma droga poderosa ( essa e outras bondades). Os Guerreiros
são os Servants que servem a Coroa e
mantém a paz em Tildor. Os Magos que servem a Madame e fazem o que bem
entenderem com seus poderes são os não registrados e os magos que são curadores
e guerreiros em nome da Coroa e passam sua vida inteira dependente dela são os
registrados. Ok? Ok. Então agora imaginem um pequeno incidente que traça as
linhas de batalha entre a Coroa e os Vipers e a Família brincado de duas faces.
Somem isso a líderes implacáveis que preferem morrer e deixar os outros
morrerem só para não ceder minimamente a nenhum dos outros? Imaginem o
preconceito de linhagem destes mesmo líder e como estes podem fazer insanidades
em prol disso. E jogados no meio de toda essa bagunça temos uma Cadente
inexperiente, outro com crise de identidade, um Comandante sem poderes e um
garoto de oito anos. Imaginaram? Ótimo. Por enquanto só imaginem. Legal, né? Só
que seja o que for que você estiver imaginando a realidade a melhor. 10 vezes
melhor.
A escrita de Alex é outro ponto notável. Suas cenas de luta
são belas, seus cenários são vívidos e sua narração terceira pessoa nos faz
viajar pelas mentes dos personagens nos aproximando deles, principalmente nas de Renee e Savoy ( algo
muito apreciado por mim, admito).
Ai que saudade... Acabei de ler o livro ontem de
madrugada/hoje de manhã e já estou com saudades de meus novos amigos. Mais que
saudade, estou com um vazio. Um vácuo no lugar do meu coração, quase como se um
Dementador estivesse se instalado lá... Ok, nem tanto. Ainda assim estou com saudade, não é a toa que meu celular
está repleto de fotos de minhas partes favoritas ( alguém mais no planeta terra
faz isso?) . O que foi a gota d’água para mim não foi nem o final meio
melancólico, foi me lembrar que havia comprado o livro em fevereiro não em
setembro como inicialmente pensava.
Povo, o livro lançou em JANEIRO.
Quando raios vai sair o próximo? Preciso
do próximo volume, Alex, afê, preciso mesmo.
Você não pode surgir do nada, me deixar tão apegada aos personagens e sumir.
Ha, destino cruel parece que todos os meus favoritos gostam de dilacerar de
pouco em pouco minha alma. PORQUE MUNDO CRUEL? PORQUE O PRÓXIMO VOLUME NÃO TEM TÍTULO, NEM DATA
DEFINIDOS? PORQUE?
{ Suspiro} Acho que as paredes não vão me responder. Nem o Google me respondeu quanto mais as
paredes. Alex Lidel com seu livro de estreia me conquistou de uma vez só.
Isso é raro confesso. Mesmo quando digo ter gostado de algum livro poucas exceção inclusas só mais na
frente que vou sentir o mesmo carinho e preocupação que sinto agora por The
Cadet of Tildor.
Quem consegue ler em inglês se virem nos 30 e comprem.Quem
quer começar nas leituras em inglês aqui está mais um chance. E para o pessoal
de nenhum nem outro... Bom ,aí infelizmente terão que esperar. Não tenho a mais
vaga ideia se ao menos alguma editora já pensa em lança-lo no Brasil. Talvez―
não, sempre― lancem em primeiro em Portugal, apesar de não ter data para lá
também.
Oh, eu queria tanto hackear a Amazon e mandar e-books de The
Cadet of Tildor para todos vocês. Leitores, vocês devem dar um jeito de ler
esse livro. É tudo de bom, é um presente para vocês próprio, é um must-read de 2013, já digo.
Renee de Winter sonha em servir a coroa. É uma pena sonhos
não se concretizarem tão facilmente. Ameaçada de ser eliminada do próximo
semestre da Academia devido a sua falta de eficiência nos combates, Renee tira
forças do livro Battlefield of the
Seventh que narra a história de vida do comandante dos Seventh, Korish Savoy. Eis que a lenda se materializou. Armath não está numa situação muito boa, um
novo rei assumiu, seus vizinhos querem se aproveitar disso, os Vipers atacaram
a cidade devido a recente prisão de alguns dos deles e Lord Palan o chefe da
Família, pelo qual Savoy nutre uma grande antipatia, não para de fazer visitas,
apesar de tudo Renee acredita que as coisas vão melhorar, que ela está
melhorando.
Mas talvez não.
No dia da eliminação Tanil, o sobrinho de Lord
Palan, trapaceia e vence a batalha, mas está com um anunciado inesperado agita
a Academia junto com Diam, o irmão de oito anos de Savoy que Renee passou a se importar como se fosse
seu próprio. Ela, Savoy, Alec, seu melhor amigo, e outro de seus professores,
Seaborn, partem em busca do garoto, aterrando-se no meio do caminho até a
cabeça com os jogos políticos e as maquinações, onde nada é o que aparenta e
onde pessoas se transformam. O que eles devem fazer? O que Renee deve fazer? Ela deve seguir a lei ou seus extintos? O que
está certo e errado afinal? Quem está por trás de toda a maquinação?
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