sexta-feira, 28 de junho de 2013

The Cadet of Tildor - 1º de The Cadet of Tildor

Amo surpresas. Já não novidade para ninguém eu sei. Então... Eu entro inocentemente da Barnes&Noble e olho para um livro que me chama atenção. Cadet of Tildor dizia o título. Verifiquei a Amazon, vários elogios, e compro, sem a mais vaga noção de estar comprando um dos meus favoritos. Apenas quatro meses depois eu venho descobrir isso.
Terminei de ler ontem ( na quarta) de madrugada e ainda estou em estado de choque.  Mas, que livro... Comecei a ler como quem não quer nada e alguns capítulos depois lá estava eu rindo, ofegando e gritando (de raiva\frustração) e com meu coração acelerado. A sério, dá para contar nos dedos de minha mão quantos livros eu já li que meu coração se acelera e meus olhos se arregalam... É uma boa sensação, sabe?... Não, na hora não, obviamente ― Ah, vocês sabem o que eu quero dizer. 
Todo leitor leu ao menos um único livro que faça você se sentir desse jeito. Eu já tive sorte de ler alguns livros desse que você sai do seu quarto\sala e é sugado para dentro da história. Não faz nem tanto tempo que li um livro de verdade, mas... Vocês sabem como é, nunca é o bastante. Um, dois, 10 mil... seria tão se todos os livros que eu leio fosse assim maravilhosos, se bem que isso é querer demais, eu sei. E outra coisa. Raios, eu amo incondicionalmente livros medievais Tia Cassie,porque você não escreve uma série de Shadowhunters na Idade Média, hein? e, novamente, como nem todos os livros são mil maravilhas eu creio que escrever um bom livro medieval seja difícil. Quer dizer os memoráveis que li até então foram  A Crônica do Matador do Rei ( O Nome do Vento,o Temor do Sábio e Os Portões de Pedra) , Ryria Chronicles ( Roubo de Espadas, Rise of Empire e O Herdeiro de Novron) e agora para acrescentar a lista The Cadet of Tildor.
Vocês não tem a mínima noção de quão bom esse livro é ―, mas eu estou aqui para isso, não é? Para anunciar a vocês como eu gostei desse livro... É difícil. As vezes tenho a impressão que não passo a emoção na intensidade correta― Que se dane. Deixem-me começar.
Os primeiros... O que? Sete? É sete, mesmo. Os primeiros sete capítulos de The Cadet of Tildor são meio lentos. Não, esperem. Não exatamente lentos, são os set up, onde Alex no situa no seu mundo, nos problemas de Renee e faz algumas coisas para começar a executar seu master plan com o objetivo de enlouquecer o leitor, provocando ataques de raiva, sentimento de culpa e diversos ataques cardíacos. Do mau, eu sei, mas parece que só tenho a sorte de cruzar com bons escritores totalmente malignos que terrível ironia. E, como ia dizendo, do capítulo oito em diante Alex bota em ação seu plano. Daí em diante, caros leitores, a história não para mais. Todos os momentos seguintes são preenchidos por ação ininterrupta, um inteligentíssimo jogo político, Renee lutando em busca de reconhecimento ― meio que literalmente ― facções diversão ( tem que ter, não acham?), dilemas morais e de quebra um possível romance para o próximo volume.
 Ah, poooor favoooor Alex! Faça esses dois ficarem juntos! Eu amo demais ambos, eles tem química e você já construiu todas as bases! Eu vou pessoalmente chamar o pessoal do Assassin’s Creed se― Ok, vocês já entenderam.
Eu me compadeci tanto pela causa de Renee. Tenho grande simpatia pelos que sabem que não são bons o bastante e dão o máximo de si para serem. E Renee era assim. Durante a história eu quis abraça-la e dizer que estava indo bem que isso passava, que ela conseguiria, entretanto duvido muito da necessidade de minha ajuda. Renee é uma garota forte. Ela só quebrou-se  uma vez onde qualquer não hipócrita a de convir que qualquer um quebraria. Você se sentir traído e humilhado por uma pessoa considerada amigo... É dureza. ( Já que  do nada dei iniciei a  falar sobre os personagens vou continuar) O arco de Renee também foi muito bem desenvolvido e trabalhado, nos a vemos crescer tão naturalmente diante de nossos olhos... É enorme a diferença da garota do começo do livro para a do final.
E temos Savoy. Commander Korish Savoy... O cara é uma lenda. E não só isso. Ele é meio ( só meio) fora da lei, é sarcástico e orgulhoso... Nossa, Caroline, que descrição horrível. Não. Não é o que vocês estão pensando. Savoy não é um bad-boy medieval, nossa gente isso é clichê demais. Savoy é... Savoy. Leiam que vocês entenderam o que quero dizer. O arco dele também é respeitável. Savoy chega na Academia se achando um deus e durante o livro ele vai percebendo que nem tanto  ele percebe ser apenas semideus ,não um deus completo ;D.

[Deixem-me falar só mais um comentário sobre Savoy e Renee. Eles farão vocês rir, ofegar e prender a respiração. Sério vocês vão gostar deles, confiem em mim, sim? ]

Entretanto eles são apenas meus favoritos, todos os personagens são muito bem construídos com bons arcos, o que é impressionante para o primeiro de uma série. Diam, Seaborn ( e meu menos favorito)  e Alec. Outra coisa que achei maravilhosa foi a quantidade de personagens. De modo geral livros de Alta Fantasia tendem a ter tantos milhares de personagens que você tem de anotar para se lembrar de todos. Em The Cadet of Tildor nos é apresentada uma boa quantidade de personagens, nem muito, nem pouco.
Eu não vou nem sequer tentar explicar muito a fundo as complicações políticas pois posso acabar falando spoliers e falar spoliers desse livro é um pecado capital. O que lhes posso dizer é:
 Existe a Coroa, os Vipers e A família. Guerreiros e Magos. A Coroa o nome já diz, é o rei que dita as regras oficiais de Tildor. Os Vipers são controlados pela Madame e hospedam jogos brutais e desumanos com pessoas como seus peões. E a Família é a distribuidora de uma droga poderosa ( essa e outras bondades). Os Guerreiros são os Servants que servem a Coroa e mantém a paz em Tildor. Os Magos que servem a Madame e fazem o que bem entenderem com seus poderes são os não registrados e os magos que são curadores e guerreiros em nome da Coroa e passam sua vida inteira dependente dela são os registrados. Ok? Ok. Então agora imaginem um pequeno incidente que traça as linhas de batalha entre a Coroa e os Vipers e a Família brincado de duas faces. Somem isso a líderes implacáveis que preferem morrer e deixar os outros morrerem só para não ceder minimamente a nenhum dos outros? Imaginem o preconceito de linhagem destes mesmo líder e como estes podem fazer insanidades em prol disso. E jogados no meio de toda essa bagunça temos uma Cadente inexperiente, outro com crise de identidade, um Comandante sem poderes e um garoto de oito anos. Imaginaram? Ótimo. Por enquanto só imaginem. Legal, né? Só que seja o que for que você estiver imaginando a realidade a melhor. 10 vezes melhor.
 A escrita de Alex é outro ponto notável. Suas cenas de luta são belas, seus cenários são vívidos e sua narração terceira pessoa nos faz viajar pelas mentes dos personagens nos aproximando deles, principalmente nas de Renee e Savoy ( algo muito apreciado por mim, admito).  
Ai que saudade... Acabei de ler o livro ontem de madrugada/hoje de manhã e já estou com saudades de meus novos amigos. Mais que saudade, estou com um vazio. Um vácuo no lugar do meu coração, quase como se um Dementador estivesse se instalado lá... Ok, nem tanto. Ainda assim estou com saudade, não é a toa que meu celular está repleto de fotos de minhas partes favoritas ( alguém mais no planeta terra faz isso?) . O que foi a gota d’água para mim não foi nem o final meio melancólico, foi me lembrar que havia comprado o livro em fevereiro não em setembro como inicialmente pensava.
Povo, o livro lançou em JANEIRO. Quando raios vai sair o próximo? Preciso do próximo volume, Alex, afê, preciso mesmo. Você não pode surgir do nada, me deixar tão apegada aos personagens e sumir. Ha, destino cruel parece que todos os meus favoritos gostam de dilacerar de pouco em pouco minha alma. PORQUE MUNDO CRUEL? PORQUE  O PRÓXIMO VOLUME NÃO TEM TÍTULO, NEM DATA DEFINIDOS? PORQUE?
{ Suspiro} Acho que as paredes não vão me responder. Nem o Google me respondeu quanto mais as paredes. Alex Lidel com seu livro de estreia me conquistou de uma vez só. Isso é raro confesso. Mesmo quando digo ter gostado de algum livro poucas exceção inclusas só mais na frente que vou sentir o mesmo carinho e preocupação que sinto agora por The Cadet of Tildor.
Quem consegue ler em inglês se virem nos 30 e comprem.Quem quer começar nas leituras em inglês aqui está mais um chance. E para o pessoal de nenhum nem outro... Bom ,aí infelizmente terão que esperar. Não tenho a mais vaga ideia se ao menos alguma editora já pensa em lança-lo no Brasil. Talvez― não, sempre― lancem em primeiro em Portugal, apesar de não ter data para lá também.
Oh, eu queria tanto hackear a Amazon e mandar e-books de The Cadet of Tildor para todos vocês. Leitores, vocês devem dar um jeito de ler esse livro. É tudo de bom, é um presente para vocês próprio, é um must-read de 2013, já digo.   


Renee de Winter sonha em servir a coroa. É uma pena sonhos não se concretizarem tão facilmente. Ameaçada de ser eliminada do próximo semestre da Academia devido a sua falta de eficiência nos combates, Renee tira forças do livro Battlefield of the Seventh que narra a história de vida do comandante dos Seventh, Korish Savoy. Eis que a lenda se materializou.  Armath não está numa situação muito boa, um novo rei assumiu, seus vizinhos querem se aproveitar disso, os Vipers atacaram a cidade devido a recente prisão de alguns dos deles e Lord Palan o chefe da Família, pelo qual Savoy nutre uma grande antipatia, não para de fazer visitas, apesar de tudo Renee acredita que as coisas vão melhorar, que ela está melhorando.
Mas talvez não.
No dia da eliminação Tanil, o sobrinho de Lord Palan, trapaceia e vence a batalha, mas está com um anunciado inesperado agita a Academia junto com Diam, o irmão de oito anos de Savoy  que Renee passou a se importar como se fosse seu próprio. Ela, Savoy, Alec, seu melhor amigo, e outro de seus professores, Seaborn, partem em busca do garoto, aterrando-se no meio do caminho até a cabeça com os jogos políticos e as maquinações, onde nada é o que aparenta e onde pessoas se transformam. O que eles devem fazer? O que Renee deve fazer? Ela deve seguir a lei ou seus extintos? O que está certo  e errado afinal?  Quem está por trás de toda a maquinação?           

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