Meu Grande Amigo Livro

sábado, 7 de maio de 2011

Não percam o ultimo volume da Trilogia fronteiras do universo:

- A luneta de Ambar -

Amanhã só no: Meu Grande Amigo Livro.

Quem sou eu?

Estou a cada dia me aproximando da resposta para essa
pergunta, "quem sou eu?" Mas é algo que mesmo assim não sei dizer,
não com palavras, não com palavras retas.
Gosto de dizer que sou uma buscadora. Uma buscadora que anda
sozinha, nunca sozinha e jamais solitária. Eu caminho pelos vales, ora verdes
ora pedregosos ora em chamas, nenhum deles em qualquer momento sendo
completamente bom ou ruim, apenas diferentes, o que é sempre bom. Os vales as
vez são sólidos, as vezes são feitos de fumaça, mas não importa, ambos são
reais. Um dia caminhado às cegas, trompei com os mais belos dos seres. Eles
eram pura luz e pura sombra em harmonia, aprisionados em pequenos corpos curvos
de grandes proporções, pequenos deuses a seu modo. Passei a cultua-los e eles a
me adorarem. Com eles ergui-me, ganhei altitude, profundidade e espaço, nossa
alegria era mútua. Eu disse-lhes meu pedido, eles juntaram-se, moldaram-se
nunca mais sendo os mesmos após o toque. Se organizaram em batalhões, em um
desfile, e selamos o contrato. Eu iria lidera-los e eles me dariam o poder de
mudar tudo que tocássemos, deixado cicatrizes felizes ou tristes e memórias
amargas ou doces, através do tempo e espaço.
Eles me acharam e os achei, simultaneamente. E mesmo as
achando, continuo buscando, não por ânsia, não por gula, por carência. Porque
necessito deles, eles são ar e água e mais além. Os busco a toda a hora,
viro-me olhado para as paredes e corredores vazios buscando por eles e como na
alegria do primeiro encontro eles me tocam novamente. Levam a melancolia, a
embalam, sussurram doces frases para o orgulho e alimentam a alma. Eles surgem
e cantam, noutras eles tem ritmo e em outras tem um ritmo silencioso guardado, inquieto,
preso dentro delas.
Eu busco por eles, busco por esses seres que compreendo e
desconheço, que se escondem por entre paradoxos e voam livres pelo ar com
correntes que os outros jogam nelas que servem só para eles mesmo, mas as vezes
para vários e com sorte só para eles mesmo. Eu amo e as odeio e continuo
buscando por eles, que são maiores do que eu e que mesmo prometendo-me a
liderança correm a minha frente. Entidades traiçoeiras! Me deixam e então
retornam, me esquecem e me clamam e me carregam pelos ombros. E mantenho minha
busca com passos firmes e pondo cicatrizes ao meu redor com os poderes que eles
abençoaram. Mas eles me disseram... Disseram que as cicatrizes serão maiores e
mais intensas com o tempo e que como boas cicatrizes durarão para sempre.
Antes de selar o
acordo, porém, acordamos em uma coisa primeiro. Nunca dizer o que queremos
dizer.

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sábado, 7 de maio de 2011

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