sábado, 15 de março de 2014

Black City - 1° da trilogia Black City

Nossa... Que surpresa.
Não vou negar, eu não estava com a menor vontade de ler esse livro. No momento, digo. Sempre ficava passando-o para aquela lista de "futuro próximo".
E pior ( ou melhor, depende do ponto de vista) eu não gostei do começo do livro.

{*OHHHHHHH!*}

Pois é, eu que sempre dizia que um livro tinha que me conquistar do começo ao fim, eu que dizia que ou o livro já era bom desde do começo ou não era... Imagino que não dá para generalizar nenhuma regra mesmo.
O livro começou passando todas a informações do jeito errado. Eu achei logo de cara um negócio muito estranho a desse vampiros, chamados de Darklings, terem um espécie de droga em suas presas ( uma droga altamente viciante). Não gostei de eles se chamarem de Darklings porque me lembra do personagem de Leigh Bardugo, Darkling ( e O Darkling é único), claro que isso é meio idiota da minha parte ainda mais se levarmos em conta que darkling em inglês significa sombrio e/ou enigmático ... E quem disse para vocês que na hora em tentei racionalizar a situação? Eu não gostei dessas criaturas deturpando a imagem do Darkling e não gostei e ponto. Não gostei daquela coisa bizarra que aconteceu com o coração de Natalie/Ash só quando eles se aproximaram um do outro, achei ridículo, estúpido, surreal demais... E para fechar com chave de ouro eu não gostei de Natalie nem de Ash e achei que a amizade de Day e Natalie caiu do céu e que tudo parecia superficial e rápido demais. Num momento certo personagem pensava em algo e no instante seguinte pensava em outro sem nenhuma pausa ou conexão entre as duas coisas que permita um mudança de assunto. Até alguns buracos na escrita eu notei ( e com uma falta pura e completa de emoção nela). 
Tenho agora sua atenção?
Então presumo que posso de fato começar.
Tudo mudou. Tudo isso que falei ser minha impressões iniciais mudaram... Mudaram para melhor.
Desculpem-me, eu mal sei dizer o que de fato mudou, não sei. Só sei que antes de atingir a página 100 ( 80 e alguma coisa?) tudo mudou.
Eu arrisco dizer que foi a soma do avanço da relação entre Ash e Natalie mais um certo mistério sobre as coisas do governo e de quem matou o gato e o guarda de Natalie... Sem falar que relacionamentos entre Darklings e humanos são proibidos por lei.
Quando as coisas chegaram nesse ritmo não parei mais de ler. Demorei a semana toda para chegar na página 62 e na sexta de noite quando cruzei a barreira invisível cogitei por um momento se valia ou não a pena passar a madrugada acordada para terminar o livro (não que eu consiga ir mais além que 3/4 da manhã).
Update de impressões:
Eu adorei Ash e Natalie, tanto eles como personagens tanto quanto um casal ( eles são muito bonitos juntos, a propósito). Adorei Day e Beetle. Achei muito interessante esses Darklings, sua cultura e subespécies ( ah! eu já disse que os Darklings queimam no sol?) e o fato deles lhe morderem e já deixarem você dopado. Fui comprada pela história dos Blood Mate e a velocidade do relacionamento de Ash e Natalie não me incomodou. Eu adorei o enredo e foi um certa surpresa para mim perceber que o livro se tratava de uma distopia. Eu estou um pouco enjoada com distopias e suas bases e se alguém tivesse me dito que Black City era uma distopia eu o teria descartado para a lista dos livro que lerei " um dia" e todo mundo sabe que esse dia nunca chega. E, surpresa! Foi bastante original o enredo toda aquela disposição do governo em exterminar a população darkling do United Sentry States ( É! esse é o nome do país), das atrocidades ( porque sendo uma distopia elas sempre existem) que ele cometia em nome de um suposto "bem maior", as duas raças sendo divididas por preconceitos e paredes (literalmente) e ainda algumas manifestações populares com pouca força... Foi divertido ver isso. Divertido, inovador e emocionante. Ainda acredito que Elizabeth poderia em algumas partes ter se esforçado um pouco mais e a sua descrição não é uma das melhores, fora isso de modo geral sua escrita me agradou e me deixou grudada nas páginas por esses dois dias. Aquela parte perto do final--- ai. Me arrepiei dos pés a cabeça. Aquilo foi emocionante  
Teve, se não me engano, 2 ou 3 grandes revelações chocantes ou reviravoltas que eu não vi se aproximando e 1 que eu suspeitei algo próximo, o que não tirou a emoção de como ela foi revelada... Foi uma tapa na cara. 
Com tantas emoções pelo livro o final não foi nenhum cliffhanger, felizmente também não chega a ser fechado devido a aparição de certo alguém. Eu enquadraria esse final nos finais com "notas de melancolia", não chega a ser melancólico e de certa forma é. Vocês já se acostumaram com meu jeito de falar e sabem o que quero dizer.
Black City, volto a dizer, foi uma surpresa. Não esperava nada, depois passei a esperar coisas ruins e depois estava adorando o livro. Um livro divertido, original e com um governo odioso, personagens cativantes, um novo olhar na já tão utilizada figura do vampiro e viciante. Em resumo viciante, um livro muito viciante que irá lhe desafiar a parar de lê-lo antes de virar a última página.
Encontrei um novo favorito.
 
 
No United Sentry States darklings são vistos como animais. Não possuem direitos, vivem separados dos humanos e são proibidos de ter qualquer tipo de relacionamento com eles, Puritan Rose se encarrega de que todos se lembrem bem de suas leis.
Neste cenário somos apresentados a Natalie, que seu pai, um defensor dos direitos dos darklings, fora morto há um ano pelas mãos da mesma espécie que ele tanto dedicou sua vida. E Ash, um darkling meio-sangue, talvez o último de sua espécie... Ambos tem suas vidas mudadas quando se encontram... Algo que faz o coração imóvel de Ash bater pela primeira vez.  A medida que os sentimentos deles crescem um pelo outro e eles procuram contornar uma das mais importantes, leis verdades devastadoras sobre o sistema que jurou protege-los são reveladas. Verdades que podem desencadear uma outra guerra sobre o país fragilizado.
 
{ só um comentário extra:
o enredo me lembrou em algum nível os Estados Unidos no momento da guerra de secessão e mais tarde o momento que os negros lutaram para reivindicar seus direitos... Se alguém já leu esse livro... Essa comparação passou pela sua cabeça?}
 
                                                             
                                                                 ***
 
 
 
 
 
 
 
Phoenix, o segundo livro da trilogia já está disponível nos USA ( não sei o que diabo fizeram com essa capa. Todas as outras são tão bonitas que o povo da editora achou conveniente fazer uma feia para contrabalancear)
 
 

Wings, o último volume será lançado esse ano dia 12 de Junho.
 
 

2 comentários:

Anônimo disse...

Obrigado por ter feito a resenha.
O começo do livro é bem sem esperança mesmo,estou quase no final e agora que me viciei.Cada vez que lia Darkling lembrava de Shadow And Bone.Comprei o segundo e agora é so esperar chegar.
Mais uma vez brigaduuu.

Carol Gama disse...

D'nada , sempre ótimo falar sobre livros e interagir com vocês. E de fato Phoenix está no meu carrinho de compras. Vou comprá-lo junto com a pre venda de Ruin and Rising e City of Heavenly Fire ( ou eu pretendo, vamos ver se o cartão passa kkkk 😜)